Jovem brasileira que se apresenta como astronauta se pronuncia após polêmicas: “Não alterei nenhuma informação”
A jovem mineira Laysa Peixoto, de 22 anos, se pronunciou pela primeira vez após a grande repercussão e os desmentidos de instituições como NASA, MIT e UFMG sobre seu anúncio de que teria sido selecionada como astronauta para uma missão espacial privada.

Em vídeo publicado em suas redes sociais, ela afirmou que jamais editou ou alterou qualquer informação sobre sua trajetória - Laysa Peixoto • Instagram/Laysa Peixoto
A jovem Laysa Peixoto, de 22 anos, voltou a se manifestar publicamente nesta quarta-feira (12), depois da forte repercussão nacional sobre o anúncio de que teria sido selecionada como astronauta para uma missão espacial privada com lançamento previsto para 2029. Em vídeo publicado em suas redes sociais, ela afirmou que jamais editou ou alterou qualquer informação sobre sua trajetória.
Natural de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Laysa ganhou destaque após divulgar que foi escolhida para integrar uma equipe de astronautas da empresa americana Titans Space. O comunicado, feito no início do mês, viralizou nas redes e foi seguido por reportagens e entrevistas em vários veículos de imprensa.
No entanto, após a divulgação, diversas instituições mencionadas por ela começaram a desmentir formalmente as informações. A NASA foi uma das primeiras a afirmar que Laysa nunca fez parte do quadro de funcionários ou de astronautas da agência. O Instituto Max Planck, a Universidade de Columbia e o MIT também negaram vínculo com a estudante.
O que Laysa diz sobre as críticas
No vídeo de pouco mais de cinco minutos, Laysa rebateu as acusações de ter forjado o currículo ou enganado o público. Segundo ela, todas as declarações foram feitas com base em informações reais de sua experiência com a Titans Space e nunca houve qualquer afirmação de que seria astronauta da NASA. Ela também reforçou que seu estágio no programa L'Space, da própria agência americana, foi uma experiência acadêmica legítima, mas de curta duração e sem vínculo empregatício.
Além da NASA, outras instituições reforçaram o distanciamento em relação à trajetória de Laysa. O MIT afirmou que a jovem não consta em nenhum programa de pós-graduação, como ela chegou a mencionar em entrevistas. A Universidade de Columbia também negou a existência de qualquer mestrado cursado por ela na instituição. A UFMG, onde Laysa cursava Física, confirmou que a estudante trancou a matrícula em 2023.
Reações nas redes sociais
A polêmica gerou ampla repercussão online. Enquanto muitos internautas criticaram as supostas inconsistências nas declarações da jovem, outros demonstraram apoio, destacando a importância de jovens mulheres brasileiras na ciência e na exploração espacial.
Laysa revelou que recebeu mensagens de ódio e ameaças, mas garantiu que seguirá com seus projetos. “Eu não alterei nenhuma informação”, reforçou.
O que esperar daqui para frente
A Titans Space, empresa citada por Laysa como responsável pela sua seleção para o futuro voo espacial, ainda não tem autorização oficial da FAA (Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos) para realizar missões tripuladas. Por enquanto, o futuro da missão e a real participação de Laysa permanecem envoltos em incertezas.
O caso continua despertando atenção da opinião pública e da comunidade científica, com desdobramentos que devem ganhar novos capítulos nos próximos meses.