Diogo Jota, destaque do Liverpool sofreu um acidente de carro nesta quinta-feira (3)
O atacante Diogo Jota, destaque do Liverpool FC e da Seleção de Portugal, morreu, nesta quinta-feira (3), junto com o irmão, André Silva — também jogador, que atuava no Penafiel — em um grave acidente na rodovia A-52, na província de Zamora, no noroeste da Espanha. A principal suspeita é de que os pneus do veículo tenham estourado durante uma ultrapassagem. A peça, crucial para os carros, causou a morte de 263 pessoas entre 2019 e 2024, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) encaminhados ao Portal iG.
Segundo as autoridades locais, o veículo em que estavam, uma Lamborghini de alto desempenho, capotou e pegou fogo após o que teria sido um estouro de pneu durante uma tentativa de ultrapassagem. Os dois irmãos morreram ainda no local, antes da chegada do socorro.
Eles seguiam viagem rumo à cidade litorânea de Santander, de onde partiriam de barco para a Inglaterra. Diogo Jota se preparava para se reapresentar ao Liverpool para o início da nova temporada europeia.
A morte precoce de dois jovens atletas, ambos com carreiras promissoras, causou comoção no meio esportivo e entre fãs ao redor do mundo. Jota era conhecido por sua atuação intensa em campo e sua discrição fora dele. Seu irmão, André, despontava como promessa no futebol português e também era muito querido pela torcida local.
Segurança nas estradas
O caso destaca um aspecto frequentemente negligenciado em acidentes de grande gravidade: as condições dos pneus. Dados da PRF mostram que, entre 2019 e 2024, falhas ligadas a pneus — como avarias e desgastes excessivos — foram responsáveis por 263 mortes em rodovias brasileiras. No mesmo período, foram registrados 9.590 feridos, sendo 8.113 com lesões graves.
Estouro de pneus em alta velocidade, como o ocorrido no acidente com os irmãos portugueses, costuma ter consequências fatais, especialmente quando se trata de carros esportivos, que atingem rapidamente velocidades elevadas. A manutenção inadequada, pressão incorreta ou desgaste avançado podem comprometer a aderência, gerar perda de controle e tornar qualquer manobra — como uma ultrapassagem — extremamente perigosa.
Desgastes x Avarias
Em situações de risco nas estradas, a condição dos pneus pode ser determinante entre a segurança e um grave acidente. No entanto, é importante compreender que desgastes e avarias são problemas distintos, ainda que igualmente perigosos.
Os desgastes ocorrem naturalmente com o uso dos pneus ao longo do tempo. Conforme o veículo roda, a borracha da banda de rodagem — a parte que toca o asfalto — vai se desgastando. Pneus gastos perdem aderência, principalmente em piso molhado, afetando a estabilidade, a eficiência das frenagens e elevando o risco de aquaplanagem. Por isso, a legislação brasileira exige que os sulcos tenham, no mínimo, 1,6 mm de profundidade para garantir a segurança e evitar acidentes..
Já as avarias envolvem avarias pontuais, frequentemente causadas por impactos, objetos cortantes, sobrecarga ou calibragem incorreta. Esses problemas incluem bolhas laterais, cortes, furos ou deformações na estrutura do pneu. Diferente do desgaste gradual, os danos podem levar a falhas repentinas, como um estouro do pneu — situação que pode ocassionar na perda de controle do veículo.
A recomendação é que os pneus sejam inspecionados regularmente por profissionais, respeitando os prazos de troca e evitando negligências que podem ter consequências fatais.